Todos nos entendemos o que é o momento presente. É aquele momento em que não são criados pensamentos, só sentimos sem avaliar o que está a ser presenciado. Como costumo dizer no final das minhas aulas: Somos o testemunho dos nossos próprios pensamentos, sem julgar, sem analisar.
Pois, quando é levada a atenção (a consciência) para os pensamentos, estes últimos diluíem-se.
Contudo, cada vez que pensamos que “estamos lá”, a nossa tendência é de avaliar o resultado da nossa intenção. E logo que começamos a conjecturar se de facto lá estamos, no momento em que o fazemos, deixamos de lá estar… Parece uma pescadinha de rabo na boca!
Também não devemos confundir meditação com imaginação. Meditar é ter consciência do silencio da mente. Quando se diz que ao meditar se desenvolve a intuição, seguindo os ensinamentos do Baghavad Gita, isto não quer dizer que visualizamos ou ouvimos a resposta que precisamos para agir, pois se estamos a meditar, estamos em silencio total.
No Yoga, a intuição é a nossa capacidade em tomar uma decisão, rumo a acção, sem qualquer motivação emocional. É uma decisão isenta de influências. A intuição é o que desenvolvemos ao silenciar a mente. É decidir agir sem estar em Maya, ou seja, a viver em piloto automático seguindo os nossos impulsos, guiados pelas emoções criadas pelos nossos pensamentos. Só isso.
Quando estamos em modo “consciente“, as nossas decisões são independentes dos resultados apesar de sabermos que haverá um efeito decorrente do que foi decido.
O Yogi não é aquele que procura um resultado especifico, é aquele que procura viver sem a influência do mesmo. Só assim evitamos as frustrações, os estresses e as ansiedades e que se encontra a paz interior.
Vamos meditar?

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