Dar aulas deve ser uma paixão. A paixão pelos outros. É pôr de lado o queremos fazer (para nós, professores) e proporcionar aos outros a experiência transformadora que procuram. Quando queremos dar aulas de Yoga, devemos ir além do nosso amor e gosto pela nossa própria prática pessoal e procurar transmitir esta paixão!
É comum professores de Yoga fazerem as práticas com os seus alunos. Não tenho nada contra, mas acabam por esquecer de verificar os alinhamentos de quem precisa, pois estão demasiado preocupados em mostrar o que conseguem fazer e/ou fazer o que lhes sabe bem. Esquecem que têm um grupo para gerir, orientar e que a missão deles não se resume a mostrar ou demostrar…
Virados para o seu interior, acabam por não olhar para quem precisa de direcção ou apoio, preocupados em não falhar e com a provável desculpa que os alunos precisam de ver para fazer correctamente as posturas.
Sentem a obrigação de ter de fazer TODAS as posturas, pois também não as sabem descrever por não ter desenvolvido o hábito de explica-las e o resultado acaba por ser este… Esquecem de se dirigir as pessoas, pessoas que não são só números para encher uma sala e contribuir às estatísticas.
E se precisam de fazer todas as posturas da prática que deveriam estar a DAR e não a FAZER é provavelmente por que não se prepararam o suficiente. Se o objectivo é o de dar aulas, pois… Não deveria acontecer…
O professor deve manter-se atento e presente no momento em que os alunos precisam dele e não virar-se para o seu tapete. Ele terá as suas oportunidades de fazer a sua prática noutro momento, com certeza.
O professor deve entregar-se a aula sem se perder nela e estar presente para os seus alunos. Dar uma aula é isto mesmo: DAR.
Deixe uma Resposta