Meditação e relaxamento.  As asanas perfeitas.

Reiki & Yoga
Reiki & Yoga

Nem só de torções e posturas vive a prática do yoga. E o yoga mais difícil e mais exigente não envolve pranchas nem chaturangas. É no yoga que nos devolve a nós próprios e que nos liga à nossa consciência que está o verdadeiro desafio. Mas também é aqui que está a melhor recompensa: o (re)encontro com o nosso eu e a vontade e a força para viver no presente.

Meditar é o caminho. Depois da sua próxima práctica de yoga, desfrute do momento de savasana (relaxamento) e entre no espírito. Para ajudar, pedimos ao professor de yoga Jean Pierre de Oliveira que nos desse algumas dicas sobre como melhor aprender a meditar.

1. «Se não souber como aquietar a sua mente, observa a tua respiração»

Uma das formas mais eficazes de parar o fluxo dos pensamentos é desconstruir a sua respiração, contando inspirações e expirações. Inspire sempre em metade dos tempos em que expira, permitindo que o ar passe pelo seu corpo e ajude à expansão da caixa torácica.

2. «Aonde quer que esteja, esteja inteiro, totalmente presente»

Liberte-se das angústias do passado e das preocupações com o futuro. Foque-se no aqui e no agora. Não se cobre, nem se vitimize.

3. «A postura é importante»

Sentar-se é a melhor opção. Mas prefira uma postura em que mantenha os seus músculos activos. Existem 3 níveis de posturas de pernas cruzadas. O primeiro nível é sukasana, pernas cruzadas à chinês. O segundo nível é siddhasana, com os calcanhares alinhados com o períneo. E por fim, padmasana, lótus e meio lótus. A postura de lótus é a mais conhecida mas também a mais difícil de conseguir e manter. Sente-se de costas rectas e cruze as pernas. Coloque o peito do pé esquerdo sobre a coxa direita e o peito do pé direito sobre a coxa esquerda. As mãos devem estar com as palmas voltadas para cima e uma sobre a outra, apoiadas sobre os seus calcanhares. Se não tiver a flexibilidade que esta postura exige, prefira a postura meio lótus. Com os pés apoiados sobre os seus gémeos, em vez das suas coxas. Escolha a posição que escolher, tenha sempre o cuidado de rodar os ombros para cima e para trás em vez de esticar a base da coluna.

Se preferir usar o momento de relaxamento da sua prática de yoga (savasana), para meditação, também pode. Certifique-se apenas que o seu corpo está com a coluna alinhada, e as duas omoplatas colocadas no solo. A lombar deve estar com sua curvatura natural e as pernas ligeiramente afastadas, com os pés voltados para fora. A palma da mão deve estar voltada para cima, forçando as omoplatas a manterem-se firmes no solo mas activas. Se tiver problemas na zona lombar, as pernas ficam fletidas, com os joelhos juntos e os pés afastados mais do que a largura das ancas. Nestes alongamentos o sangue deixa de estar concentrado nos músculos e o músculo permanece solto, relaxando por mais tempo. No yoga, o relaxamento é igualmente induzido pela mente, o que vai permitir um alongamento mais profundo ao corpo.

4. «Use um mudra»

São gestos simples, carregados de um simbolismo especial, que ajuda a entrar no estado meditativo e facilita o desapego sensorial que é necessário à meditação. Há três mudras mais utilizados: chin mudra, jnana mudra e dyana mudra. Depois de assumir a postura com a qual se sente mais confortável, volte a sua atenção para a sua respiração ou tente concentrar-se no ponto entre as suas sobrancelhas. Volte-se para dentro.

5. «Comece com 5 minutos por dia»

Meditar é estar focado, com uma atenção plena, no presente. Mas são muitas as distracções e nem sempre é fácil libertar-se de todas. Comece devagar, com cinco minutos por dia. Crie a rotina e rapidamente verá como as coisas se tornam mais fáceis e como tudo vai começar a parecer-lhe natural.

6. «Use a auto-sugestão»

No yoga, este princípio é chamado de sankalpa (resolução). Repita uma ideia da sua cabeça, verbalize-a e consciencialize-se do seu poder. Esse sankalpa penetra no subconsciente, fortalecendo a estrutura da mente e despertando as forças latentes que facilitarão a realização dos nossos objetivos. De um modo geral, o acto consiste em ativar as qualidades positivas que existem dentro de nós, mas que permanecem bloqueadas no nosso subconsciente.

A tomada de consciência é o segredo. Centre-se nos factos e não na sua interpretação (e imaginação) dos factos. E elimine o ‘ruído’ que tolda as suas emoções e decisões. Isso é meditar.

Os 3 mudras

Chin Mudra – ideal para iniciantes que ainda sentem dificuldade em focar-se, é a simples união das pontas dos dedos do polegar e indicador, com a palma da mão voltada para cima.

Jnana Mudra – em sânscrito, significa sinal de conhecimento e é talvez o mudra mais popular. Também liga o polegar ao indicador, mas aqui é a parte interior do polegar que se liga com a parte exterior do indicador.

Dyana Mudra – é o mudra de eleição para a posição de lótus. Uma mão é colocada sobre a outra, ambas em côncavo e ambas com a palma voltada para cima.

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