É comum chegar-se a primeira a aula com a ideia que vai ser canja. Mas quando rapidamente aparece o suor na testa, escorrendo pela cara abaixo e nas outras parte do corpo, começamos a reconsiderar o que o Ego nos levou a pensar…
A roupa cola-se ao corpo, as mãos escorregam cada vez mais. Pensa-se que somos o único em apuros e que precisamos de uma pausa mas o prof. acelera o ritmo e as sequências, os alinhamentos repetem-se e sucedem-se, mas, sem nunca ser demais… O corpo exige mais da respiração… A sala parece cada vez mais quente e o ar pesado. Começa-se a amaldiçoar o prof por não ter o ar condicionado ligado…
O professor continua falando e tenta-se ajustar o corpo as instruções, mas porque estamos concentrados no alinhamento, perde-se o fio a meada e o prof já está a anunciar uma outra postura… A confusão tende a instalar-se entre os nossos orgões cognitivos. Os olhos não conseguem ver o que as orelhas ouviram…
Sabe-se que tudo é fácil e, pelo menos na net, o Yoga aparenta ser “pacífico”. Mas a mais pequena instrução requer força, atenção e resistência. O esforço não é só fisico, também é mental. E quando acertamos no ritmo e no alinhamento, chegam as transições de posturas, as chamadas de Vinyasa… E o Chaturanga Dandasana….
Durante Shavasana, a cabeça relembra cada um dos nossos falhanços e os maus alinhamentos. Tudo parece tão confuso e a mente vai repetindo a aula, relembrando as caras e os corpos dos outros alunos que conseguiram fazer o que era suposto.
Termina-se a aula e o prof agradece.
“sim, obrigado! Vim cá fazer figura de palhaço” diz-nos a mente, mas o prof. acrescenta “por terem vindo, por ter saído da vossa zona de conforto, por fazer um pouco mais por Si”. E aqui realiza-se que a experiência foi um desafio, que foi gratificante. Que ainda há muito que percorrer.
Sim, vir até ao estúdio foi um desafio mas também uma grande realização e uma vitória! É verdade, a primeira vez custa sempre mais e já que se ultrapassou esta etapa, vamos continuar e seguir com o nosso Yoga. Fazer mais e viver mais!
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