Por Emília Luís
Health Coach, Formadora, Psicóloga Social e Organizacional
…tem de mudar! Tão simples como isso.
Todos os dias somos bombardeados com novas informações, novos artigos, um novo estudo, novas histórias sobre um qualquer tópico relacionado com comida.
Já se ouviu de tudo, o azeite é uma gordura boa mas depois é má, o mesmo se passa com o óleo de côco; os frutos secos são saudáveis mas cuidado porque têm muita gordura; as carnes e charcutaria são péssimas; demasiada fruta é prejudicial por causa da frutose, o açúcar é aditivo; afinal a gordura não engorda; mantém-te longe dos hidratos… mas afinal alguns não fazem mal; o peixe é óptimo mas o mercúrio não tanto, e a lista continua.
E como se isso não bastasse, há as dietas, os regimes e as tendências que estão sempre a mudar e que atraem tanto público: sem glúten, sem lactose, sem cereais, sem soja, sem óleo, sem frutos secos, paleolítico, macrobiótica, vegetariano, vegan, omnívoro, alcalinizante, ketogénica, carnívoro, ayurvédica entre outras.
E para ajudar à festa, cada vez mais se fala de sensibilidades, intolerâncias e alergias alimentares, o que só alimenta ainda mais o frenesim associado à comida, o stresse que tanta gente sente à hora das refeições e as consequentes respostas fisiológicas e emocionais, relacionadas ou não com a comida!
No meio de tudo isto é difícil encontrar o que é “certo” e “errado”, afinal quais são as escolhas mais acertadas a fazer, o que é mais saudável e o que é que temos de evitar para sermos o mais saudáveis e equilibrados possível?
Podemos fazer todas as experiências que quisermos mas inevitavelmente vamos chegar às mesmas conclusões:
- não há comida “boa” ou comida “má”;
- todas as dietas funcionam numa lógica de “sem…” e são bastanterestritivas; todas nos pedem que retiremos algo da nossa alimentação,ou seja, inevitavelmente não serão sustentáveis a longo prazo;
- nenhuma dieta nos serve de nada se não soubermos ouvir o nosso corpo e o que nos tenta dizer.
O corpo é o melhor barómetro no que toca a desvendar a forma como lidamos com a comida e aprender a ouvir o que tem a dizer é a melhor forma de nos podermos educar sobre o que comer.

O que é que quer tudo isto dizer? Apesar de toda a informação que nos é injetada, de uma maneira geral podemos concordar que a alimentação deve ser o mais equilibrada e diversificada possível, ou seja, incluir todos os grupos alimentares e não ser absolutamente rígida; o ideal será conseguir combinar em todas as refeições proteína de qualidade, hidratos de carbono complexos (e alguns simples!), fibra, gordura da boa, vitaminas, sais minerais e muita água. No entanto, sabemos também que há comida que não é tão boa para o corpo mas sim para a mente e para o espírito e é aí que temos que perceber os nossos limites. Para além disso, não nos podemos esquecer de que estamos constantemente a aprender e o que comemos hoje não será o que comemos amanhã porque entretanto já estudámos mais um pouco e já entendemos melhor a nossa relação com a comida e os impactos que tem no nosso corpo e na nossa mente.
Por fim, trata-se de uma questão pessoal, o que é que gosta e não gosta de comer? O que é que sente que não cai tão bem? Qual é aquele alimento que simplesmente não pode ver à frente? E aquele que não gosta tanto mas sabes que lhe faz bem? Sente-se atraído por um determinado estilo de vida ou regime alimentar?
Desde que se preocupes em armar-se de conhecimento e assumir a responsabilidade por si, pelo seu corpo e pela forma como o trata, então força! Seja quem é, sem arrependimentos e seja gentil com o seu corpo e mente!
Emília Luís
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