Por Emília Luís
Health Coach, Formadora, Psicóloga Social e Organizacional
Nutrição é uma palavra poderosa. Para a maioria das pessoas limita-se a comida, ingredientes, refeições, a uma obrigação, algo que fazemos sem pensar, algo que nos permite continuar a viver. No entanto gostava que pensasse um pouco mais nesta questão e na forma como encara a nutrição e o papel que ela tem na sua vida.
Será o tipo de pessoa que salta o pequeno almoço, passa a hora de almoço a comer em frente ao computador para poder continuar a trabalhar, faz os seus snacks açucarados dentro do carro no trânsito ao fim do dia e janta tardiamente a ver as notícias na televisão? Ou será alguém que dispensa tempo de manhã a preparar um pequeno almoço equilibrado, que leva o seu almoço, optando por não comer fora todos os dias (e assim evitando sal e gorduras adicionadas) e janta sem distrações, à mesa, aproveitando a refeição que cozinhou?

Seja qual for a opção escolhida, todas estas situações envolvem comida sim, mas mais do que isso, envolvem a nutrição. Como? Em nutrição integrativa abordamos a nutrição como um conceito complexo que se estende para além do que efetivamente comemos; aliás o que colocamos na nossa boca torna- se um resultado de um conjunto de outros comportamentos nutritivos (ou não) que praticamos diariamente e que influenciam a forma como nos nutrimos através de comida. É fácil perceber a ligação se pensarmos nas seguintes situações:
Imagine que teve um dia stressante no trabalho, está exausto, são 21h30, não tem paciência para cozinhar mas está esfomeado. Naturalmente terá mais tendência a comer algo rápido e reconfortante, o que normalmente significa take-away, refeições prontas, alto conteúdo de sal, açúcar e gorduras processadas.
Por outro lado, imagine que teve um dia fantástico, o sol a brilhar, céu azul, alcançou todos os objetivos a que se propôs no início do dia e irá agora preparar o jantar. É provável que opte por algo mais saudável, focado em alimentos naturais e frescos, que tome o tempo necessário para o confecionar e que o aproveite demoradamente e se possível em boa companhia.

Ambas as situações acontecem-nos a todos e não há como negar que os alimentos que escolhemos podem ser (e são na maioria das vezes!) um efeito direto da forma como nos sentimos. Como dar então a volta e ganhar consciência acerca da nossa alimentação?
- Identifique as suas áreas de nutrição primária. O que tem de estar equilibrado na sua vida para que a alimentação esteja também equilibrada? Será ter fruta fresca e vegetais disponíveis em sua casa? Uma noite de sono reparador? Uma ida ao ginásio? 10 minutos de meditação de manhã? Um dia de trabalho eficaz?
- Perceba os seus padrões. Usa a comida como forma de escape, quer para celebrar bons momentos ou para se reconfortar depois dos maus?
- Evolua a sua nutrição secundária. Opte por fruta e vegetais frescos, frutos secos, sementes, leguminosas e cereais integrais como base da sua alimentação. Para além dos ingredientes e refeições em si, “coma” cores, texturas, diversidade, vitaminas e minerais.
- Tenha a graça necessária para lidar com as emoções e impactos alimentares, a próxima refeição será uma nova oportunidade!
Emília Luís
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